A diretoria da General Motors deve decidir nesta terça-feira (3) o destino da Opel e Vauxhall, encerrando mais um ano de incertezas que cercam a montadora e o processo de reestruturação na Europa e nos Estados Unidos.
A montadora norte-americana deve se reunir em Detroit para definir se entregará definitivamente a sua filial europeia para a grupo austríaco-canadense de autopeças Magna e para o banco estatal russo Sberban.
"Eu acho que a GM vai fazer o negócio com a Opel. Não há alternativa", diz Ferdinand Dudenhoeffer, professor de economia automotiva na Universidade de Duisburg-Essen. "Seria muito caro e complexo prolongá-lo", afirmou Dudenhoeffer.
No entanto, há sinais também de que a reunião na GM hoje pode ser apenas uma formalidade, pois alguns gerentes da empresa foram transferidos para a Opel. Um exemplo foi Frank Weber, engenheiro de projeto do carro elétrico Volt que a GM afirmou que estava sendo transferido para a sede da filial europeia, na Alemanha.
Sob os termos do acordo, a GM iria transferir a participação de 55% para o time russo-canadense e manter 35% e os 10% restantes seriam dos trabalhadores da Opel. O governo da Alemanha expressou total apoio à oferta das duas empresas e concordou em fornecer alguns US$ 4.5 bilhões (US$ 6,7 bilhões) em ajuda financeira.
Até agora, a Magna diz que planeja cortar cerca de 10.500 postos de trabalho da Opel na Europa, com 4.500 na Alemanha. A GM na Europa emprega 54 mil trabalhadores em mais de 20 países e suas marcas também incluem Cadillac e Chevrolet.