3.11.09

Confira os cuidados necessários com os amortecedores

A manutenção dos amortecedores é um dos processos mais importantes na garantia da segurança do veículo. No entanto, a verificação de todo o sistema muitas vezes não é feita e peças importantes como as molas ficam de lado. A maneira correta de manter o sistema de amortecimento em dia é uma das perguntas apresentadas pelos internautas. Confira essa e outras dúvidas relacionadas aos veículos.

Como fazer manutenção dos amortecedor e quando trocar?
- Silvia
Na suspensão temos dois itens principais, que são as molas e os amortecedores. Ambos devem ser inspecionados aos 20 mil quilômetros e possivelmente, conforme a recomendação do fabricante, ser trocado com 40 mil quilômetros. Em alguns casos é possível rodar até os 50 mil quilômetros sem que os amortecedores apresentem algum problema, ou seja, podem atingir essa quilometragem em perfeito funcionamento.

Não existe manutenção para os amortecedores, mas um defeito no sistema pode ser detectado antes que comece a interferir na estabilidade do veículo. Uma forma de conferir isso é sempre que for fazer o alinhamento ou o balanceamento pedir ao mecânico que dê uma rápida observada se não existe vazamentos ou então se as hastes e borrachas estão limpas. Se notar algum sinal inadequado, pode ser que o amortecedor esteja comprometido.

Algumas lojas possuem testadores específicos para isso, que fazem uma avaliação mais precisa do amortecedor. É uma boa maneira de saber se o seu já está gasto e precisa da substituição. A condição mais apropriada é fazer a substituição dos quatro amortecedores, principalmente se já estiver com mais de 40 mil quilômetros. Porém, se for o caso de uma peça apenas apresentar defeito abaixo dessa quilometragem, aí é possível trocar apenas o par, ou seja, os amortecedores do mesmo eixo.

As molas são vistas como meras coadjuvantes. É comum o motorista trocar os amortecedores e não substituir as molas. O procedimento ideal é trocar as molas juntamente com os amortecedores. Não se pode esquecer que as molas trabalham em conjunto com os amortecedores e desse modo se um deles estiver com desgaste acentuado o funcionamento do outro equipamento ficará comprometido. Será uma economia incoerente.

Está descrito na reportagem que o sistema reconhece a proporção de combustível em carros flex. Qual sensor faz esse reconhecimento? Ao pé da letra, somente um sensor de densidade do combustível poderia reconhecer essa proporção, isso se a densidade de cada combustível for conhecida.
- Rodrigo, de Itapetininga (SP)
Os motores equipados com a tecnologia flex possuem sensores para identificar se o tanque foi abastecido com álcool, gasolina ou uma mistura de ambos. Normalmente essa checagem é feita por meio da leitura dos gases queimados que saem pelo escapamento. Caso o tanque esteja abastecido apenas com gasolina, automaticamente é feita uma correção para otimização do funcionamento do motor com o novo combustível, e vice-versa. É importante - quando o carro estiver sendo utilizado apenas com um combustível, como por exemplo álcool, e ao esgotar o tanque completar com outro combustível, nesse caso, gasolina - deixar o motor em funcionamento por algo em torno de 20 minutos antes de manter o veículo desligado por um tempo mais prolongado. Essa medida é necessária para que o motor possa fazer a leitura adequada do combustível, principalmente na mudança total de um combustível para outro.

É verdade que os carros bicombustíveis consomem mais do que os outros que usam um só tipo de combustível?
- Jair Coelho Pereira
Um carro com motor bicombustível, ou seja, do tipo flex, é um motor que se enquadra em uma faixa de trabalho intermediária para andar tanto com álcool quanto gasolina. O motor movido a álcool possui taxa de compressão mais elevada e a curva de ignição mais avançada se comparado ao motor a gasolina. Desse modo, a diferença entre motores a álcool e gasolina é maior quando os motores são de apenas um único combustível, pois assim o motor a álcool tem maior taxa de compressão, o que se reflete em mais potência do motor e conseqüentemente em maior economia, pois o motor consegue um rendimento melhor. O mesmo acontece com um motor a gasolina. Em resumo, um motor de um único combustível consegue ser mais eficiente se comparado a uma versão semelhante do tipo flex.



Tenho um Fiat 1.0 flex. Posso abastecer metade com gasolina e metade com álcool?
- Benedito Gomes Ferreira
Um motor do tipo flex pode ser utilizado somente com gasolina, somente com álcool ou uma mistura de qualquer proporção entre esses combustíveis. A configuração vai depender da escolha do proprietário, porém, qualquer que seja a opção não acarretará dano algum ao motor.

Gostaria de saber sobre a potência do motor do meu carro, que possui 66 cv de potência. Esses 66 cv são atingidos na marcha lenta, a1000rpm, ou acelerado em 5000 rpm ou mais?
- Jesse Nunes, de Curitiba (PR)
A potência máxima de um motor é atingida em uma determinada faixa de rotação, que é quando o motor desenvolve o melhor rendimento. Como por exemplo, vejamos o caso do Volkswagen Gol, geração 4. O motor 1.0 de 8 válvulas do tipo flex, quando abastecido com gasolina desenvolve 68 cavalos de potência e 71 cv quando abastecido somente com álcool. Para atingir essa potência o motor tem que alcançar 5750 rotações por minuto (RPM). O motor pode até atingir mais rotações do que esse número, porém após essa faixa o gráfico de potência começa a baixar.

Qual a diferença entre a sigla MPFI e VHC?
- Osmar
Essas siglas são adotadas pela Chevrolet para identificar os motores de seus veículos. A sigla MPFI serve para indicar que o motor conta com injeção eletrônica multiponto, uma tradução do inglês Multipoint Fuel Injection. Já o VHC vem de Very High Compression, traduzindo significa motor de alta compressão.

Gostaria de saber se o carro com injeção eletrônica economiza combustível na banguela.
- José Nilton de Jesus
O que muitos motoristas fazem por desconhecimento ou por achar que estará economizando é colocar o carro em ponto morto durante uma descida. Essa prática não é indicada para nenhum carro. No caso especifico dos carros equipados com injeção de combustível, quando o motorista pega uma longa descida e tira o pé do acelerador, mas mantém o motor engrenado, o que acontece é que a central eletrônica detecta isso e corta o envio de combustível por certo instante, o que economiza combustível.

Se o mesmo motorista entra nessa descida, mas coloca o carro em ponto morto, o que acontece é que a central eletrônica detecta que o carro está em marcha lenta e, assim, precisa de uma rotação mínima, o que vai gastar mais combustível em relação à condição anterior.

A grande diferença entre essas situações é que ao descer engrenado o carro vai mais lentamente, porém estará sob controle do motorista. Já desengrenado o carro vai mais rapidamente, porém em caso de emergência, como uma frenagem, por exemplo, requer mais tempo e distância, além de o carro ficar menos controlável. Também nesse caos, o freio poderá superaquecer demasiadamente e perder a eficiência.