4.11.09

Na busca pela S10, Ranger para na Hilux

Em agosto, a Ford Ranger ganhou uma reestilização no visual tentando ficar mais atraente e, assim, chegar mais perto de sua principal concorrente, a Chevrolet S10, que mantém sozinha a liderança do mercado de picapes. De acordo com os dados da Fenabrave referentes a outubro, o modelo ficou na quarta colocação do ranking de vendas, com 1.302 unidades vendidas, enquanto a líder chegou à casa das 3.802 unidades comercializadas.

Para a Ranger almejar voos mais altos na busca pelo topo, no entanto, ela tem de enfrentar pelo caminho concorrentes mais atuais e mais bem aceitos pelo consumidor, como a conterrânea argentina Toyota Hilux e a Mitsubishi L200, segundo e terceiro lugares no mercado de picapes, respectivamente. Para um tira-teima nessa corrida pelo posto ocupado pela S10, o iCarros colocou o modelo da Ford, nas versão Limited, para encarar a Toyota Hilux, na configuração SR com câmbio manual de cinco marchas (na linha 2010, o fabricante já oferece transmissão automática de quatro velocidades). As duas picapes avaliadas são dotadas de motor a gasolina e contam apenas com tração traseira.

Com preços bem distantes da versão mais completa da S10 Executive (R$ 69.561), cujo motor flex é um dos principais fatores que impulsionam suas vendas, a Ranger Limited é vendida com preço a partir de R$ 77.480 e traz de série direção hidráulica, ar-condicionado, sistema de áudio com CD player e conexão com MP3 players portáteis, trio elétrico, rodas de liga leve de 16 polegadas, duplo airbag, freios com ABS nas quatro rodas, faróis de neblina, grade dianteira, estribos laterais e santo-antonio cromados, bancos revestidos em couro, protetor de caçamba e sensor de estacionamento.

Já a Hilux SR, é comercializada por R$ 80.200 (na versão manual de entrada) e conta com direção hidráulica, ar-condicionado, trio elétrico, desembaçador no vidro traseiro, sistema de áudio com MP3, rodas de liga leve de 16 polegadas, duplo air-bag, freios com ABS nas quatro rodas e tampa da caçamba que pode ser travada com chave.

Mais bem equipada, a Ranger Limited leva vantagem em itens de conveniência por ser uma versão topo de linha, enquanto a rival está configurada na variante intermediária, a SR. Neste caso, o que levamos em consideração não é o pacote de equipamentos e mimos, mas, principalmente, a faixa de preços e o comportamento de ambos os modelos como um veículo que pode servir tanto para levar a família em viagens como para carregar grandes volumes de carga na carroceria.

Ergonomia e espaço interno

Devido ao seu projeto mais antigo, a Ranger tem um jeitão de caminhãozinho, pois o capô mais alto e alavanca de câmbio com engates mais duros a deixam com um ar de veículo rústico. Os bancos têm o encosto muito reto, o que imcomoda (e muito) em viagens mais longas. Apesar de medir 5,20 m, seu espaço interno é limitado e os passageiros que viajam atrás já começam a se incomodar pelas pequenas portas que dificultam o acesso ao apertado banco traseiro. O teto baixo contribui para a claustrofobia dos ocupantes que medem mais de 1,70m. Seu principal trunfo é o rádio com conexões para MP3 players portáteis e pen drives.

Medindo 5,22 m, a Hilux chega a lembrar um carro de passeio, a não ser pelas suas dimensões externas e pela sua altura, e é uma picape agradável de dirigir. O motorista encontra uma boa posição para a condução. O pênalti fica por conta da regulagem de altura por meio de uma roldana. O volante tem boa empunhadura e a alavanca de trocas de marchas tem engates mais macios que os da concorrente. Apesar de o painel favorecer a visibilidade por ser mais baixo, os comandos do sistema de áudio ficam um pouco distantes, obrigando o condutor ou o passageiro que viaja ao seu lado se esticarem para sintonizar uma estação de rádio. Os ocupantes do banco traseiro viajam mais folgados devido ao maior espaço para as pernas e pelo banco mais confortável.

No asfalto e na terra

Rodando com as duas picapes tanto no asfalto das cidades e das rodovias como em estradas de terra batida, a vantagem da Hilux é notória. O motor de 2,7 litros de 158 cv e 24,5 kgfm de torque a 3.800 rpm, leva a picape de 1.705 kg com desenvoltura e mostra boa disposição nas saídas de semáforos e em ladeiras íngremes. Nas rodovias, o propulsor tem boa elasticidade, pede poucas reduções de marchas e mantém o veículo, com tranquilidade, a 120 km/h, podendo até atingir velocidades superiores, o que não seria prudente em um veículo deste porte que pode carregar até 855 kg de carga. O modelo vai bem em pisos de terra e cascalho, mas sua suspensão traseira formada por eixo rígido é um pouco dura e faz a caçamba pular demais quando se passa por valetas ou trechos mais acidentados.

Mesmo sendo um projeto mais defasado em relação à concorrente da marca japonesa, a Ranger não decepciona no fora-de-estrada. Talvez por ter aptidões para ser um pequeno caminhão, é mais agradável de se conduzir no chão batido e sua suspensão traseira composta por eixo motriz semiflutuante, não faz a caçamba “pipocar” tanto, mas sua capacidade de carga fica limitada em 764 kg.

Para quem está acostumado a dirigir automóvel, a Ranger em uma viagem longa é um ritual de paciência. A picape demora a embalar e chega a ter de dar passagem para automóveis com motor de 1,0 litro. Nas subidas, haja reduções de marchas. O motor de 2,3 litros de 150 cv e 22,1 kgfm de torque fica ruidoso e áspero quando se exige mais do acelerador. Na hora de manobrar, leva pequena vantagem por ser um pouco mais estreita e por contar com sensor de estacionamento (essencial para um veículo com mais de cinco metros de comprimento).

Veredicto de Guilherme Silva - Diante das qualidades da Hilux, a Ranger ainda requer um pouco mais de trabalho por parte da Ford se quiser realmente alcançar a S10 no mercado nacional, afinal, a picape da montadora nipônica apresenta um projeto mais atual e um conjunto mais acertado, que favorece tanto aqueles compradores que querem um veículo grande para se impor no trânsito urbano e levar uma moto ou um jet ski nos passeios do final de semana como aqueles que necessitam de um modelo que seja capaz de encarar terrenos mais acidentados e ainda tenha qualidades para viajar longas distâncas com a caçamba cheia de carga.

Revénton Roadster terá 15 unidades fabricadas

A Lamborghini fabricará apenas 15 unidades do Revénton Roadster. Mas não se anime: todas as unidades do conversível de dois lugares já foram vendidas por valores próximos a 1,1 milhão de euros (cerca de R$ 2,7 milhões) sem contar os impostos locais.

Baseado no Murciélago LP640, o Revénton tem carroceria e chassi feitos de um composto de fibra de carbono, exceto as portas. O motor é um V12 de 6,5 litros que rende 650 cv de potência a 8.000 rpm e 66 kgfm de torque máximo aos 6.000 giros.

A versão Roadster do Revénton acelera de 0 a 100 km/h em 3,4 segundos. Aceleração feita graças ao câmbio automático de seis marchas com trocas por borboletas instaladas atrás do volante. A tração é integral sob demanda, com prioridade para o eixo de trás.

GM desiste de vender a Opel

A General Motors anunciou que vai manter sob o seu teto a Opel e a representante britância Vauxhall. A empresa desistiu de vender sua subsidiária europeia para a canadense Magna. Ainda fazem parte da GM as marcas Chevrolet, Cadillac, GMC e Buick.

Ao desistir da negociação com a filial alemã, a General Motors promete investir 3 bilhões de euros (cerca de US$ 4,4 bilhões) em sua reestruturação, além de ter de negociar com os trabalhadores das fábricas junto a sindicatos e governos locais.

Vendas de automóveis podem subir até 10% em 2010

As vendas de automóveis e comerciais leves novos no país recuaram 5,17% em outubro na comparação com setembro, para 281.306 unidades, segundo dados da Fenabrave, associação das concessionárias, divulgados nesta quarta-feira.

A Fenabrave já esperava retração das vendas de outubro na comparação com o mês imediatamente anterior, diante do retorno gradual do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) incidente sobre carros, e Sérgio Reze, presidente da entidade, disse que o mercado já superou a crise.

"Na comparação mensal, o que ocorreu foi um forte estresse do mercado, com os consumidores procurando comprar antes da volta do IPI, ainda que as concessionárias e montadoras tenham feito forte campanha em outubro para as vendas com preços nos patamares dos preços de setembro", afirmou Reze.

Para 2010, ele previu crescimento de 9% a 10% nas vendas de automóveis e comerciais leves.

Em setembro, último mês com desconto cheio do IPI, as vendas de automóveis e comerciais leves foram recordes em 296.651 unidades.

Na comparação com outubro de 2008, contudo, houve crescimento de 25,17% nas vendas.

"A diferença entre outubro de 2008 e de 2009 nós não devemos usar como comparação, porque foi nesse período do ano passado que a crise afetou a indústria", acrescentou Reze.

No acumulado de janeiro a outubro, os emplacamentos de automóveis e comerciais leves no varejo cresceram 7,39% ante igual intervalo de 2008, para 2,493 milhões de unidades, conforme a Fenabrave.

Incluindo ônibus e caminhões, as vendas em outubro somaram 294.442 unidades, queda de 4,62% sobre setembro.

Decisão da GM de manter Opel irrita Alemanha

A decisão da General Motors de manter sua divisão europeia Opel depois de meses de negociação para vendê-la provocou irritação da Alemanha, que liderava as discussões.

O líder trabalhista da Opel Klaus Franz revogou milhões de euros em cortes de custos que os trabalhadores haviam concordado em fazer, na expectativa de que a montadora fosse comprada pela fabricante canadense de autopeças Magna.

O ministro da Economia da Alemanha, Rainer Bruederle, classificou o comportamento da GM como "totalmente inaceitável", enquanto Christine Lieberknecht, premiê do Estado da Turíngia, que abriga uma fábrica da Opel, chamou a decisão de "golpe baixo".

Autoridades alemãs que pediram para não serem identificadas afirmaram que a decisão surgiu como uma total surpresa para a chanceler Angela Merkel e seus conselheiros durante visita a Washington, onde Merkel participou de sessão conjunta no Congresso.

O presidente-executivo da GM, Fritz Henderson, informou a decisão a uma delegação alemã durante a visita de Merkel a Washington com chefes do Banco Mundial e do FMI, pouco antes do retorno da chanceler a Berlim.

Juergen Reinholz, ministro da Economia da Turíngia, afirmou que a GM sinalizou que vai pagar os 1,5 bilhão de euros de empréstimo-ponte concedido pela Alemanha para a Opel no final de novembro.

"A decisão do conselho de diretores da GM traz clareza para a Opel/Vauxhall", afirma a Opel em breve nota publicada nesta quarta-feira.

A General Motors abandonou uma aguardada venda da Opel citando melhora nas condições de negócios e importância estratégica da divisão par ao grupo.

A decisão deixou em aberto como a GM vai financiar seu plano para manter e reestruturar a Opel.

Uma porta-voz da GM na Europa disse no final da terça-feira que a companhia estava contando com garantias de empréstimos europeus para obter financiamentos que precisa para reestruturar a Opel.

UE ESPERA POR SUSTENTABILIDADE
O novo plano de reestruturação da General Motors para sua unidade europeia Opel deve ser baseado em sólidos fundamentos econômicos, disseram reguladores de competitividade da União Europeia (UE), nesta quarta-feira.

O plano terá de garantir a viabilidade de longo prazo da Opel e oferecer empregos sustentáveis para seus trabalhadores, informou a Comissão Europeia, em um comunicado. O órgão disse que vai verificar se qualquer ajuda financeira concedida por países do bloco para Opel respeitam as regras da UE.

O NA estará presente na cerimônia do Carro do Ano da revista Auto Esporte

O “Carro do Ano” é a premiação mais importante da indústria automotiva brasileira. Já por décadas a revista Auto Esporte analisa os lançamentos anuais e premia o melhor dentre eles com o título mais desejado dentre as empresas fabricantes de carros de nosso país.

3.11.09

Volkswagen Jetta 2010 chega ao mercado com apenas dois airbags de série

O Jetta 2010, além de ter ficado mais caro, subindo de 75.890 reais para 78.890, perdeu alguns equipamentos de série. Antes, ele tinha seis airbags, em todas as unidades vindas do México. Agora ele chega com apenas airbag duplo.

GM decide manter controle sobre a Opel


Carsale - Após meses de intensas negociações com a canadense Magna, a General Motors bateu o martelo nesta terça (3): não vai mais vender Opel, sua divisão alemã. A decisão final veio após os resultados positivos de outubro. As vendas da montadora, que segue em reestruturação nos Estados Unidos, avançaram 4% em comparação ao mesmo mês de 2008. Foi o melhor resultado da montadora desde o pedido de concordata, em 1º de junho.

Mas o que, de fato, levou a GM a cancelar a negociação foi a importância da Opel e a subsidiária britânica Vauxhall. Diversos modelos da fabricante pelo mundo compartilham plataformas e componentes - incluindo todos os automóveis Chevrolet fabricados no Brasil. E a venda da divisão européia poderia significar uma mudança radical do esquema de criação e produção dos veículos da marca.

A tarefa de retomar os lucros, no entanto, não será fácil. Estudos preliminares divulgados pela própria General Motors apontam um custo de US$ 4,43 bilhões (R$ 7,7 bilhões) para promover a reestruturação da Opel/Vauxhall. Para chegar à decisão final, a montadora fará reuniões com os sindicatos europeus. "A GM vai apresentar em breve seu plano de reestruturação para a Alemanha e outros governos, e aguarda uma apreciação favorável", conclui o presidente do grupo GM, Fritz Henderson, em comunicado oficial.

General Motors decide manter controle da europeias Opel e Vauxhall

A General Motors decidiu no começo da noite desta terça-feira (3) manter o controle da alemã Opel e de sua representante britânica Vauxhall, encerrando de forma até certo ponto surpreendente uma negociação que já durava meses com o consórcio Magna/Sberbank.

HISTÓRICO DA NEGOCIAÇÃO

  • Reuters

    Após queda de 54% nas vendas em fevereiro deste ano, a representação europeia da GM se viu obrigada a buscar novos rumos para manter a viabilidade.

    O grupo Fiat apresentou proposta para controlar 30% da Opel/Vauxhall, mas sem qualquer aporte financeiro, o que não foi aceito pela GM.

    No mesmo período, a Magna International apresentou proposta de compra de 55% do conglomerado com dinheiro próprio (500 milhões de euros) e garantia de ajuda financeira estatal do governo alemão (até 4,5 bilhões de euros).

    Correndo por fora, a belga RHJ Internacional chegou a ofertar 300 milhões de euros pelos mesmos 55% de Opel/Vauxhall, enquanto a chinesa Baic ofereceu 600 milhões de euros próprios e mais 2,64 bilhões de euros em ajuda pública, fazendo com que a Fiat desistisse.

    Apesar da pressão por parte de sindicatos e de governos locais, principalmente o alemão, a indefinição prosseguiu até meados de outubro, quando a GM admitiu ter plano para manter o controle da Opel e definiu a data de 3 de novembro para anunciar dua decisão final sobre o caso.

De acordo com a agência de notícias Automotive News, os 13 membros do conselho da GM alegaram que a recuperação do ambiente econômico nos últimos meses foi fator determinante para manter Opel e Vauxhall no guarda-chuva de marcas que conta ainda com Chevrolet, Cadillac, GMC e Buick. Ao manter as filiais alemã e britânica, a GM terá de investir pelo menos 3 bilhões de euros (cerca de US$ 4,4 bilhões) em sua reestruturação, além de ter de negociar a situação dos trabalhadores junto a sindicatos e governos locais.

A médio e longo prazo, a montadora vê a marca Opel como fundamental para sua estratégia de ação global, que inclui ainda uma maior importância do mercado chinês nos planos da montadora, que perdeu a liderança mundial para a japonesa Toyota e também se vê ameaçada pela gigante alemã Volkswagen.

A decisão deve ainda repercutir favoravelmente no cenário brasileiro, uma vez que, historicamente, a filial local da GM baseou boa parte de sua linha em modelos da europeia Opel. Até o momento, no entanto, nenhuma declaração sobre a decisão da matriz americana foi feita por membros da GM do Brasil.

"A saúde financeira da GM melhorou consideravelmente em todos os aspectos ao longo dos últimos meses, e isso nos deu confiança para que os negócios europeus sejam reestruturados com sucesso", afirmou o presidente da companhia, Fritz Henderson.

Henderson disse ainda que a GM apresentará em breve um plano de reestruturação da Opel para o governo alemão, que era defensor da compra do conglomerado europeu pela montadora de autopeças canadense Magna e pelo banco estatal russo Sberbank.

Anteriormente, a Fiat chegou a disputar o controle das marcas europeias de sua rival, mas sua proposta foi desbancada. No plano global, a Fiat acabou assumindo as operações de 20% da americana Chrysler, também combalida, após a crise econômica internacional.

O anúncio da GM, esperado desde o dia 23 de outubro, foi feito horas depois da montadora americana divulgar dados positivos de vendas referentes ao mês de outubro -- aumento de 4% na comparação com o mesmo período de 2008.

As unidades europeias da GM compõem um importante centro de desenvolvimento da montadora, focado principalmente em carros compactos e médios, com motores a gasolina de pequeno porte.

CONTRARIANDO AS EXPECTATIVAS
Em processo de reestruturação e tendo que prestar contas ao governo dos Estados Unidos, a GM tomou uma atitude que pode ser considerada surpreendente, embora ainda não se saiba se equivocada, ao decidir manter o controle de seus braços europeus Opel e Vauxhall.

A montadora -- que já havia se desfeito das marcas Saturn (vendida ao grupo americano Penske), Hummer (vendida ao grupo chinês Tengzhong) e Pontiac (extinta) e ainda negocia a sueca Saab -- justificou que será menos custoso e mais seguro, sob todos os aspectos, manter as marcas europeias.

A venda da Opel, apesar de apoiada pelo governo alemão, era vista com restrições pelo governo e pelos principais sindicatos espanhóis, que chegaram a cogitar entrar em greve caso o negócio fosse concretizado. O mesmo ocorria no Reino Unido, em relação à Vauxhall.

Nas últimas semanas, a GM revelou estar trabalhando em uma espécie de "plano B": manter o controle da Opel/Vauxhall.

NOVA AJUDA ESTATAL
O principal ponto a ser resolvido, com a manutenção do controle da Opel e da Vauxhall, é a reestruturação do conglomerado europeu. Pelos termos da agora extinta negociação, o governo alemão se comprometeria a injetar 4,5 bilhões de euros (cerca de US$ 6 bilhões de dólares ou algo como 1/10 da ajuda prometida pelo governo dos Estados Unidos ao assumir o controle operacional da GM pós-concordata) caso a Magna assumisse até 55% das operações europeias da GM. A fabricante de autopeças arcaria com cerca de 500 milhões de euros (pouco mais de US$ 700 milhões).

Em novas mãos, a Opel teria ainda de definir o futuro de seus 50 mil trabalhadores alemães. Especulava-se que até 10 mil operários perderiam seus empregos em cortes estratégicos.

Os trabalhadores da Opel ainda se comprometiam a abrir mão de parte de seus direitos trabalhistas e a contribuir com até 265 milhões de euros (cerca de US4 400 milhões) para o fundo de participações da montadora. Com esta opção, eles poderiam ficar com até 10% do controle da nova Opel.

Estas contas -- a do corte de pessoal, da capitalização necessária para manter a Opel operante e da nova gestão operacional -- terão de ser feitas pela GM, muito provavelmente com a ajuda dos governos europeus, que ainda não se manifestaram quanto à decisão tomada nesta terça-feira.

GM desiste de vender a Opel

A General Motors não irá mais vender a Opel, sua subsidiária européia. O grupo americano encerrou, assim, meses de negociações com a Magna, corporação canadense respaldada por capitais russos.

Segundo a GM, a decisão foi tomada graças à melhoria do mercado nos últimos meses. Declaração do presidente da empresa, Fritz Henderson, ressalta a importância da Opel, que tem sede na Alemanha, e da Vauxhall, baseada na Inglaterra, para a estratégia do grupo na Europa. A Vauxhall estava incluída no pacote negociado com a Magna.

De volta à GM, a Opel deverá passar por uma reestruturação total, a um custo estimado de cerca de R$ 8 bilhões. O processo envolve negociações com os fortes sindicatos europeus, por envolver redução no número de funcionários e possível fechamento de fábricas.

A decisão sobre a Opel foi tomada hoje pelo conselho diretor da General Motors e anunciada no início da noite.

A manutenção da Opel na GM deve repercutir favoravelmente na filial brasileira, que sempre teve fortes vínculos com a empresa alemã. Boa parte da linha Chevrolet brasileira sempre foi baseada nos carros da Opel, desde o Opala, da década de 1960, até os atuais Astra, Corsa e Zafira.

Subaru Impreza ganha versão para neve




Carsale - Um carro sem rodas. Parece loucura, mas a Subaru apresentou no SEMA Show uma versão do hatch esportivo Impreza WRX, da Subaru, preparada para rodar especificamente na neve. O modelo, que costuma competir em provas de rali, trocou os pneus enormes por pequenas esteiras - semelhantes aos utilizados pelos snowmobile, trenós motorizados para locomoção sobre a neve. Com a mudança, o Impreza ganhou um vão enorme em relação ao solo, fundamental para transpor as grossas camadas de neve que geralmente cobrem os países e regiões dos extremos Norte e Sul do planeta.


Para movimentar as esteiras, a Vermont SportsCar, empresa que modifica o Impreza para o Mundial de Rali, pegou pesado. O modelo traz sob o capô um motor 2.5 litros turbo de quatro cilindros a gasolina, acoplado a um câmbio de cinco velocidades. O bloco produz fortes 400 cv de potência e um torque generoso de 55,3 kgfm, despejado nas quatro rodas. O sistema de tração oferece ainda o bloqueio eletrônico do diferencial. O SEMA Show vai até o dia 9 de novembro, em Las Vegas, nos Estados Unidos.

Empresa cria jipão "de briga" para ralis




Carsale - A Local Motors, pequena construtora norteamericana, apresentou um utilitário-esportivo nada convencional na abertura do SEMA Show - maior feira de peças e acessórios automotivos dos Estados Unidos. Com estrutura em monobloco feita de aço tubular, o Rally Fighter foi projetado para encarar o solo árido e arenoso do deserto da costa sudoeste dos Estados Unidos.


Montado sobre rodas enormes calçadas por pneus fartamente sulcados, o SUV tem tração traseira e amortecedores extralongos, com 18 polegadas de curso. Detalhe: é possível ajustar eletronicamente o conjunto para rodar também na cidade. A carroceria que cobre o aço tubular é feita de plástico e fibra de carbono, para reduzir o peso (1.451 quilos). Já o desenho é assinado pelo designer Sangho Kim, com sugestões de membros de uma comunidade de entusiastas.


Sob o capô, o Rally Fighter traz um potente motor 3.0 litros biturbo a diesel, fornecido pela BMW. O bloco é acoplado a um câmbio automático de seis marchas e produz 268 cv, além de pesados 58,7 kgfm de torque, disponíveis logo aos 1.750 giros. De acordo com a Local Motors, o utilitário chega ao mercado no ano que vem, logo após a empresa abrir os portões de sua primeira minifábrica, em Wareham, cidade localizada no Estado de Massachusetts. A construtora pretende abrir 50 pequenas unidades de produção no país.

Citroën com juro zero e itens grátis


Carsale - A Citroën anunciou nesta terça-feira (3) que passará a oferecer descontos e itens grátis para alguns modelos da marca. No caso da minivan Xsara Picasso "França-Brasil", o benefício para os clientes que optarem pelo modelo familiar inclui bancos revestidos de couro grátis. Além disso, a minivan também contará com um plano de financiamento diferenciado, com 60% de entrada e o restante parcelado em 36 vezes fixas de R$ 647, para as versões GLX 1.6 16V Flex, e taxa de juros 0%.

Outro benefício oferecido pela marca é a taxa de juros zerada para o C4 Hatch, com o objetivo de diminuir o custo do financiamento do modelo. A minivan C4 Picasso também teve seu preço realinhado e ganhou além um abatimento de 3,77% no preço de tabela, a vantagem de não repassar o aumento do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) aos consumidores. De R$ 83.030, a minivan passa a ser oferecida por R$ 79.900. A família do compacto C3 também foi beneficiada com o IPI reduzido e ganhou a prorrogação da campanha "França - Brasil", série comemorativa que traz bancos de couro, faixas laterais na cor da carroceria e emblema da série exclusivo.

Montadoras apontam recuperação das vendas nos Estados Unidos

General Motors, Ford e Chrysler - as três principais montadoras norte-americanas - divulgaram balanço de vendas, nesta terça-feira (3), e apontam para o início da recuperação do mercado norte-americano após um ano de crise financeira nos Estados Unidos.

Apesar de ainda ser cedo para considerar o crescimento sustentável, de acordo com o balanço, as vendas da GM aumentaram 4% em um ano no país durante outubro, o primeiro avanço desde janeiro de 2008.

Documentos apresentados pelo órgão regulador da bolsa SEC, também nesta terça-feira, mostram que a montadora ainda tem a sua disposição US$ 13,6 bilhões dos US$ 50 bilhões concedidos pelo governo desde dezembro. A GM utilizou US$ 2,8 bilhões do auxílio federal para ajudar a fabricante de sistemas automotivos Delphi, sua ex-filial.



Já a Chrysler anunciou queda de suas vendas de 30% em outubro em relação ao mesmo período de 2008, depois de registrar retrocesso de 42% em setembro. Devido à crise na própria empresa, a Chrysler está agora sob administração da italiana Fiat, como parte de reestruturação arranjada e financiada pela administração Obama.

Os planos da Fiat para a Chrysler preveem o cancelamento dos planos da montadora norte-americana para suas marcas fora da América do Norte, com a exceção da Jeep, que deverá ganhar investimento na América Latina, especialmente no Brasil.

Por outro lado, a Ford - a única que não precisou da ajuda do governo norte-americano - anunciou alta de 3,1% em um ano nas vendas de unidades novas nos Estados Unidos em outubro. O resultado é de recuperação após queda de setembro. A montadora estimou, em um comunicado, que sua participação no mercado superou os 15% em outubro, um avanço em um ano e o mais elevado nos nove primeiros meses de 2009.

"A demanda dos consumidores pelos novos modelos sustentou os ganhos de cota do mercado da Ford", comentou seu vice-presidente, Ken Czubay. "Oitenta por cento de nossas vendas em outubro provém de nossos novos modelos 2010", acrescentou.

A Ford informou ainda, nesta segunda-feira (2), que teve lucro líquido de US$ 997 milhões no terceiro trimestre do ano, ou US$ 29 centavos por ação, ante perdas de US$ 161 milhões, ou US$ 7 centavos por ação de prejuízo, no ano anterior.

A fabricante de automóveis destacou que suas operações na América do Norte foram rentáveis pela primeira vez desde o primeiro trimestre de 2005, ao registrar um lucro, antes do desconto dos impostos, de US$ 357 milhões.

Venda de automóveis e comerciais leves cai 5% em outubro--fontes

SÃO PAULO (Reuters) - As vendas de automóveis e comerciais leves novos no Brasil em outubro recuaram 5 por cento em relação ao recorde histórico de setembro, que foi o último mês de vigência para o desconto completo do IPI concedido pelo governo.

Segundo fontes consultadas pela Reuters, as vendas de carros e comerciais leves (esta última categoria correspondendo a veículos como picapes e furgões) somou 281,3 mil no mês passado ante 296,6 mil unidades em setembro e 224,7 mil em outubro de 2008.

No acumulado do ano, as vendas seguem acima do registrado no mesmo período de 2008: 2,49 milhões de unidades contra 2,32 milhões, informaram as fontes.

A associação que representa os concessionários de veículos do Brasil, Fenabrave, divulga balanço com os números de vendas na quarta-feira e a entidade que agrupa as montadoras, Anfavea, consolida o quadro do setor na próxima segunda-feira, com dados de produção e exportações.

A Fiat registrou vendas 67,9 mil automóveis e comerciais leves em outubro, ante 69,9 mil unidades em setembro.

Enquanto isso, a Volkswagen vendeu 59,1 mil unidades depois de comercializar 65,6 mil no mês anterior.

A General Motors registrou vendas de 55,3 mil veículos e a Ford somou 28 mil unidades.

Novo Fiesta: 500 mil unidades vendidas




Carsale - Apenas um ano após ter sido lançado no mercado europeu, em outubro de 2008, a nova geração do Ford Fiesta já superou a marca de 500 mil unidades vendidas. Os bons resultados obtidos pelo modelo motivaram a Ford a iniciar as vendas do compacto em outros mercado, como Estados Unidos e Ásia, a partir do ano que vem. Além da Europa, onde a nova geração do Fiesta briga com o Golf pelo topo do ranking dos automóveis mais vendidos, o modelo já roda em países como África do Sul, Austrália e Nova Zelândia, além da China, que também oferece o modelo na versão sedã.


Ainda não é certa a chegada do novo Fiesta por aqui. Rumores dão conta de que a nova geração do modelo a ser lançado no Brasil terá o mesmo desenho do Figo, compacto lançado recentemente na Índia. O modelo europeu viria para cá apenas como uma versão premium.